O barco afundou e até já faz algum tempo. 
       No final das contas salvaram-se todos - eu e você- os protagonistas  dessa história. Mas de vez enquando (eu e você) ainda sentamos a beira  do rio. Ainda olhamos  os destroços de nosso barco, tentando imaginar  outras estrátegias, que talvez, podessem ter evitado o nosso náufrago.  Ficou em nós a saudade de quando  entramos no barco pela primeira vez,  sem  esse  medo, pois tudo que queriamos será  remar (re-amar).
         Hoje sabemos que as coisas não são tão simples assim: não é só entrar  no barco. Tem a direção dos ventos, a previsão meteorologica, as  bagagens, enfim... coisas além do sentir. E por isso só podemos ficar  aqui na margem desse rio de lembranças boas.
         Infelizmente vivemos em margens opostas. Até posso "ver você" sentado  ali, na outra margem  querendo-me mais perto. Também o quero, mas quanta  água nos separa!

 
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