(...) Ninguém tem, camarada. Essa é grande diferença, estamos todos presos no presente, para sempre. O negócio é saber lidar. Após a morte vai ficar um pouco difícil realizar algo, mas não é uma questão de tempo, mas de uma regra local: dizem que na eternidade não nos deixam retocar a maquiagem e nem trocar de roupa. Não se apresse, e escolha bem o que você vai vestir.”
(...) que não são retos, certos, fáceis, e sim espasmódicos, contraditórios, provocativos, ora estão a meu favor, ora contra, e por isso me desencontro."
(...) Faz com que você saia da
rotina do dia-a-dia, impede que tudo seja igual. Arranca você pra fora
do seu corpo e de sua mente e joga contra a parede. Eu tenho a impressão
de que beber é uma forma de suicídio onde você é permitido voltar à
vida e começar tudo de novo no dia seguinte. É como se matar e renascer.
Acho que eu já vivi cerca de dez ou quinze mil vidas.”