segunda-feira, 14 de maio de 2018

"Corpo flexível, estranho, sinuoso que nem cobra e fogoso com os olhos:


(...) um fogaréu vivo ambulante. Espirito impaciente para romper o molde, incapaz de retê-lo. Os cabelos longos e sedosos, ondulavam e balançavam ao andar. Sempre muito animada ou então deprimida. Segundo alguns, era louca. Opinião de apáticos que jamais poderiam compreendê-la. E passava a vida a dançar, a namorar e a beijar. Mas, salvo a raras exceções, na hora H sempre encontrava forma de sumir e deixar todo mundo na mão. A mentalidade é que simplesmente destoava das demais: nada tinha de prática. Guardava, inclusive, uma cicatriz indelével na face esquerda, que em vez de empanar-lhe a beleza, só servia para realçá-la."

domingo, 13 de maio de 2018

"Não estou triste,





(...) mas devo admitir que de vez em quando sinto preguiça de existir. Deve ser aquela fase que você começa a se perguntar, e cada pergunta gera uma nova dúvida, a única certeza que eu tenho no momento, é o meu cansaço."

sábado, 5 de maio de 2018

"Se tenho de ser fiel a alguém ou a alguma coisa,


(...) em primeiro lugar tenho de ser fiel a mim mesma. A pouca experiência de vida que tenho ensinou-me que ninguém é dono de nada, e isso vai dos bens materiais aos bens espirituais. Quem já perdeu alguma coisa que tinha como garantida (algo que já me aconteceu tantas vezes), acaba por aprender que nada lhe pertence. E se nada me pertence, não preciso gastar o meu tempo cuidando das coisas que não são minhas; é melhor viver como se hoje fosse o primeiro ou o último dia da minha vida."