sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Dos miseráveis.


O que pode ser mais miserável do que uma pessoa faminta, sem teto, sem futuro, sem saúde? Sabemos que não são poucos os miseráveis do país, mas às vezes esquecemos da quantidade também imensa de miseráveis que está em nossa órbita, cuja barriga não está vazia, mas a cabeça, totalmente.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

"Sentia vontade de chorar, mas não saía lágrima alguma.


(...) Era só uma espécie de tristeza, de náusea, uma mistura de uma com a outra, não existe nada pior. Acho que você sabe o que quero dizer, todo mundo, volta e meia, passa por isso, só que comigo é muito freqüente, acontece demais."

domingo, 22 de novembro de 2015

"Não nasci para ser adequada, coerente, adorável.


(...)Nasci para ser gente. Para sentir de verdade. Tenho vocação para transparências e não preciso ser interessante o tempo todo. Por isso, não espere que eu supere as suas expectativas: às vezes, nem eu supero as minhas."

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

"Eu descobri que a gente morre.


(...) Eu sei agora que a gente morre. E achei feio, achei tristésimo, achei o corpo humano tão frágil, tão perecível. Fiquei doente, estou fraco, frágil, choro pelos cantos. Voltei à terapia, estou remexendo coisas fundas. Dolorosas, meio perdido, com uns problemas difíceis, materiais, de grana, de saúde, de solidão. E escolhendo não morrer, escolhendo continuar, de uma forma ainda meio cega, tortuosa, não-racional."

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

"Alguém me dá um comprimido?

(...) Talvez dois. Talvez mil. Um milhão. Algo que me faça dormir. Feito pedra. Mesmo que a casa esteja pegando fogo hoje eu não tô com vontade de acordar. De levantar. De refletir. Analisar. Pensar. Raciocinar. Não quero colocar a cara para fora. Quero fechar as portas, janelas, vidros, portões. Um comprimidinho apenas. Pra adormecer. Esquecer. Me perder. Difícil não sentir. Não lembrar. Não recordar. Não procurar fotos. Nem nada que me faça voltar no tempo e conseguir visualizar a nossa felicidade. Aconteceu tudo muito rápido, que nem miojo. Três minutos. Felicidade. Uma eternidade. Hoje resta a saudade..."

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Da dor.


"  — É tanto sofrimento e eu não sei como ignorar isso.
 — O que te machuca?
 — Não, não é comigo. São eles. É todo mundo. Não acaba nunca. Você entende?"

domingo, 1 de novembro de 2015

Do que precisamos.


"A cobiça envenenou a alma do homem, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade."