sábado, 31 de dezembro de 2016

Só o que é pra ser!


Que acabe o que precisa acabar.
Que morra o que precisa morrer.
Que continue o que merece continuar.
Que viva o que insiste em viver.
Amém.
” 

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

"Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano,


(...) não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás - aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na lagartixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça."

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Do que fica.


“(…) Você não pergunta essas coisas, mas sei que gostaria de saber. Porque te conheço. E isso não mudou. Do mesmo jeito que adivinhei as coisas ruins que você aprontaria, eu sei as coisas boas que ficaram aí em você e te fazem lembrar de mim. Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás..."

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Do que não fui.


"Se eu tivesse tomado um atalho, uma rua estreita qualquer, que tipo de pessoa eu teria me tornado? Não sei. Mas gostaria muito de saber. Pelo retrovisor, vejo todas as pessoas que eu poderia ter sido e não fui."

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Da maioria.


"A maioria das pessoas comunga da ideia do “falem mal, mas falem de mim”. Sempre achei meio suspeita essa necessidade de ser notado a qualquer custo, de preferir ser esculhambado a ser ignorado."

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

"Ela só precisa de alguém que acredite nela.


(...) Com um pouco de exagero, alguém capaz de pular de um penhasco para salvá-la, ou simplesmente, alguém que seja capaz de acender uma luz, quando todas as outras se apagarem... Ela precisa de alguém que fique. "

sábado, 10 de dezembro de 2016

Se fosse eu, eu fugiria



Eu preciso te dizer que eu não sou fofa. Todos aqueles coraçõeszinhos foram mera empolgação inicial e o ato mais fofo do qual eu sou capaz, de fato, é este: ser honesta.

Sou dada às questões práticas da vida e provavelmente eu não vou me declarar todas as manhãs ou preparar o seu café, e vou te zoar sempre e bastante, talvez mais do que todos os seus amigos.

Eu preciso te dizer que eu sou louca na maioria das vezes e que sonho com crimes passionais e não acordo assustada. Que há algumas coisas que eu só conto ao espelho – as quais, consequentemente, você não saberá. E que eu não sou o tipo de pessoa que gosta de receber flores ou declarações de amor quilométricas – me faz mais feliz que você cozinhe pra mim ou se lembre da gente numa canção.

Eu vou observar muito quase tudo. Desde a sua ortografia ao modo como você se comportava com as suas ex-namoradas, e, involuntariamente, eu submeto as pessoas a testes diários de personalidade.

Você precisa saber que algumas vezes eu estou de saco cheio demais pra me importar – aliás, todo mundo fica assim de vez em quando, mas eu admito desde já para que, quem sabe, não haja reclames. E que eu posso tomar um tarja preta e dormir num sábado à noite se eu sentir vontade.

É conveniente que você saiba que eu julgo as pessoas silenciosamente e isso inclui você. E que eventualmente eu preciso me isolar e isso pode te fazer pensar que é culpa sua – e talvez eu também pense que sim de vez em quando, mas na verdade não.

Fique, mas saiba: eu não vou sorrir pro seu melhor amigo se ele for chato. E eu te direi isso. E que eu sou daquele tipo que ama demais, sente demais, julga demais e fala de menos e, acredite, isso não é uma qualidade. Corra enquanto há tempo.

Dos corações.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

"(…) Acho que você tem medo de ser feliz, Emma.

(...) Parece que pensa que o caminho natural das coisas na sua vida é ser triste, sombria e macambúzia, e odiar seu emprego, odiar o lugar onde mora e não ter sucesso nem dinheiro, e Deus a livre de um namorado (e uma pequena digressão aqui: esse negócio de não se achar bonita está ficando meio chato). Na verdade vou mais longe: acho que você gosta de se sentir frustrada e ter menos do que queria ter, porque isso é mais fácil, não é? O fracasso e a infelicidade são mais fáceis, porque você pode fazer piada com isso."

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Dos momentos.


"Não houve aquele momento em que você pode decidir se vai em frente, se volta atrás, se vira à esquerda ou à direita. Se houve, eu não lembro. Tenho a impressão que a vida, as coisas foram me levando. Levando em frente, levando embora."

Dos laços.


"Eu não falo de amores modernos e de sentimentos quase que, imensuráveis, mas de um gostar simples, sereno, confiante, leve, brando… Daqueles que se gosta pelo que se é, não pelo o que se tem ou o que se faz. Daqueles erguidos e mantidos pela sinceridade. Daqueles que seguram-se as pontas quando necessário e transformam nós em laços."

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Das esperas.


"Um dia, quando eu era; bem pequenininha mesmo, trepei em uma árvore e comi uma daquelas maçãs verdes, ácidas. Minha barriga inchou e ficou dura feito um tambor. Doeu à beça. Minha mãe disse que, se eu tivesse esperado as maçãs amadurecerem, não teria ficado doente. Agora, quando quero alguma coisa de verdade tento lembrar do que ela disse sobre as maçãs."

terça-feira, 6 de dezembro de 2016



"(…) minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada só olhando e pensando meu deus como você me dói vezenquando..."

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

“É estranho quando as coisas simplesmente têm de terminar.


(...) É o estágio onde todos os sentimentos já evoluíram para um nada. É o nada que você optou para parar de sentir dor. No início você briga, chora, faz drama mexicano. Então percebe que é cansativo demais manter esse jeito de levar as coisas. Acostuma-se… Não que pare de doer, mas que cai no seu entendimento que às vezes perdemos algo e não há solução. No fim você coloca um sorriso no rosto e finge que é sincero, até que a vida o faça realmente ser. É isso.”