terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Eu não sou especial. E nem você.


Antes de mais nada, esse texto não é para te colocar pra baixo. Muito pelo contrário! É para te ajudar a se libertar do peso que é a ideia de que você é especial.
porque nos achamos especiais?
Segundo a visão do yoga, temos dois tipos de ego. Ahamkara é o ego natural. Aquele que é uma função da mente, que te faz dizer “eu existo, sou um indivíduo”. O segundo é asmita, ou falso ego, raiz do egoísmo. Asmita te faz dizer “eu existo, mas eu sou especial, e por isso mereço o que há de melhor”
Pensamos que somos especiais por causa de asmita, ou falso ego, raiz do egoísmo.
E porque a ideia de ser especial é um peso? Porque quando vivemos sob essa lógica, colocamos as nossas expectativas lá em cima no que diz respeito à nossa vida em todos os aspectos: relacionamentos, educação, trabalho etc.
Queremos acreditar que somos os melhores naquilo que fazemos, queremos ser vistos como os melhores. Mas quando a vida e as pessoas não demonstram isso, nos sentimos frustrados e sofremos.
Já houve um tempo que eu mesma pensava que era especial e merecedora das graças do mundo. Mas graças à prática de yoga e meditação eu entendi, não através da mente racional, mas pela percepção pura e gradual, que isso é a maior ilusão. E acredite, é extremamente libertadora a sensação de perceber que cada um de nós nada mais é do que simplesmente uma gota do mesmo oceano.
Quer um exemplo? Olhamos para o nosso sistema solar e achamos que o Sol é especial, pois ele fornece as condições ideais para a vida na Terra. Essa é a visão micro. Mas quando expandimos nossa visão, olhando pelo ponto de vista macro, vemos que o Sol é só mais uma estrela dentre um número incalculavelmente grande de outras. E, ainda por cima, é uma das pequenas. Isso não diminui a sua importância, mas abre a nossa percepção para uma realidade muito maior do que a nossa percepção pode alcançar.
Você pode admirar algumas pessoas a ponto de considerá-las especiais. Pode ser porque elas fazem coisas fantásticas ou porque elas têm um jeito especial que você não sabe dizer muito bem porquê.
Para fazer coisas extraordinárias é preciso ter um senso de comunidade muito grande. Da mesma forma, pessoas que têm um “jeito especial” são assim porque são desapegadas de si mesmas, e geralmente colocam o bem estar alheio antes do próprio. E para fazer as duas coisas é preciso abrir mão do egoísmo e pensar macro. Logo, eu posso lhe dizer que essas pessoas “especiais” dificilmente se acham especiais.
Além disso, temos aqui uma lógica muito simples. Se todos são especiais, então ninguém é especial. É ou não é?
Então é isso: eu não sou especial, nem você. Para mim, ninguém é especial. Somos seres semelhantes, com atributos e personalidades diferentes, e só. Nossos desejos e anseios são basicamente os mesmos, com algumas caras diferentes, mas em essência são os mesmos.

Então, ao invés de pensar que você é especial e esperar que a vida lhe dê tudo de bom, saiba que você é apenas mais uma gota no oceano. Uma gota se perde facilmente, mas quão grande é o oceano? 

Namastê!

...


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

"O mais importante e bonito, do mundo, é isto:



(...) que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando."

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

"Não basta o silêncio de fora.



(...) É preciso silêncio dentro. E aí, quando se faz silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia."