(...) Amém.”
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
“Me recordei rapidamente de todas as pessoas e coisas que perdi,
(...) por ainda não estar preparada para elas, ou por ainda
ter muita curiosidade de mundo e dificuldade em ser permanente…
Recordei de amigos e parentes distantes, aqueles que eu sempre deixo pra depois porque moram muito longe ou acabaram se tornando pessoas muito diferentes de mim, sempre penso “mês que vem faço contato com eles”. E se não tiver mês que vem?”
Recordei de amigos e parentes distantes, aqueles que eu sempre deixo pra depois porque moram muito longe ou acabaram se tornando pessoas muito diferentes de mim, sempre penso “mês que vem faço contato com eles”. E se não tiver mês que vem?”
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
“Eu torço pra não fazer sol,
(...) eu torço pra não
chover, eu torço para acordar no meio do dia, eu torço para o dia acabar
logo. Eu torço para ter alguma coisa que me faça torcer, que me diga
que eu ainda sei torcer por algo mesmo sem torcer pela gente. Minha
dança é queda equilibrada, minhas roupas novas são fantasias, meu
sorriso é espasmo de dor, minha caminhada reta é um círculo que sempre
me traz até aqui, meu sono é cansaço de realidade, minha maquiagem é
exagerada, meu silêncio é o grito mais alto que alguém já deu, minhas
noites são clarões horríveis que me arregaçam o peito e nada pode me
embalar e aquecer, o frio é interno, o incômodo é interno, nenhum lugar
do mundo me conforta.”
domingo, 16 de dezembro de 2012
“Queria que algum canto do mundo me acolhesse.
(...) E me
abraçasse e dissesse que tudo bem, tudo bem de vez em quando eu perder
assim o equilíbrio. Eu queria que existisse um canto do mundo que apenas
me deixasse ficar quietinha e quente quando o resto do mundo resolvesse
me magoar.”
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
"Gente. Não adianta.
(...) Você pode varrer a sujeira pra debaixo do tapete. Você pode embolar tudo e fechar o armário. Mas peraí. Você vai aguentar a bagunça da sua vida até quando? Você vai fingir que está tudo em ordem pra quê? Pra inglês ver? Ah, dá um tempo. Eu não sou inglesa. Eu não vou abrir a porta e ver você se desmoronar. Por isso, um conselho: limpa sua sujeira. Limpa suas feridas. Limpa sua alma. Faz uma faxina nesse coração. E - preste atenção - faz isso logo. Porque dá rato."
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
“Ainda existe ir embora. Mas da onde?
(...) Eu sempre
querendo ir embora. Mas pra onde? Quero um colo e um quente e um ombro
que nunca conheci. Não é de homem, de amor, de força. O que é isso? Um
enjoado que não faz passar mal. Um frio que não precisa de agasalho. Uma
necessidade absurda de ir para um lugar que eu nem imagino qual seja.
Uma saudade de vida inteira como se eu já tivesse vivido. Uma coisa
enorme e ao mesmo tempo concentrada naquela picadinha de inseto atrás do
meu joelho que incha e incomoda do tamanho do mundo. Uma angústia que
estremece até aqueles cantos da gente que a gente passa batido. Uma
coisa de cantos e não de peitos. Mas que acaba com o oxigênio.”
“Não pretendo que a poesia seja um antídoto para a tecnocracia atual.
(...) Mas sim um alívio. Como quem se livra de vez em
quando de um sapato apertado e passeia descalço sobre a relva, ficando
assim mais próximo da natureza, mais por dentro da vida. Porque as
máquinas um dia viram sucata. A poesia, nunca.”
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
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