sexta-feira, 21 de maio de 2010
Ela era atormentada por fantasmas...
Não de antepassados, histórias contadas, medos ancestrais. Não. Era atormentada pelos fantasmas do que viria a seguir. No próximo emprego, no próximo encontro, na próxima esquina. E contra esses fantasmas, não tinha como lutar. Seria completamente novo, surgiria do nada, transformaria o agora. Como lutar contra o inesperado? Ela estava indefesa. Com os fantasmas do que viria a seguir lhe impedindo de seguir adiante, porque era adiante que morava o perigo. Era atormentada por silêncios, medos e vazios. Era atormentada pelo que não conhecia.
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