terça-feira, 24 de maio de 2011

"E eu vou continuar me achando menos do que boa parte do mundo.


(...) Me vendo minúscula e me encontrando suja pelos cantos. Insistindo que qualquer uma pode ser melhor e que você vai ter sempre razão. Eu vou ser assim hoje, amanhã e talvez na semana que vem. Porque eu sei que o mundo não me deixa na lama, que a minha tristeza só dura enquanto eu escrevo um texto que vai tocar alguém de verdade. E que minha felicidade não vai me deixar redigir nada com mais de cinco palavras. Por mais que eu me ache invisivel eu sempre acabo segurando aquele pedaço de espelho quebrado que revela a minha pele descascada e meus dentes tortos e que mais do que qualquer outra coisa me esfrega na cara que eu sou real. E que ninguém além de mim, pode ser tão reluzente como eu no meu mundo. É como uma caixinha de música que só eu sei a mágica. O meu mundo não deixa eu me esquecer. Mais uma coisa eu sei, eu ainda vou ter vergonha de existir quando olhar praquela menina que tem os cachos perfeitos ou os olhos quase translúcidos de tão azuis que conseguem ser. Vou me achar eternamente a comum e substituível pra todos, menos pra mim."

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