(...) todas as outras se revoltam e acabam não dando também. Seu mundo parece destruído e sua única vontade é se isolar de todos. Mas então você pensa em tudo o que te trouxe até aqui e tudo aquilo que já te fez sorrir. Apesar da vontade súbita de entregar sua vida a Deus, você lembra que existe alguém nesse planeta por quem você morreria… E é por causa dessa pessoa que seus dias já não são sempre iguais. É por causa dessa pessoa que você dá sorrisos sinceros e acredita que ainda há futuro para a humanidade. Essa pessoa te faz feliz sem ao menos saber disso, ela é seu ídolo, seu herói. Você tem medo de abandoná-la, pois acredita que ela precisará de você e a hipótese de deixá-la na mão, faz seu coração doer.
Mas então, num piscar de olhos, esse seu herói se afasta e vai se tornando um desconhecido. A cada dia, um passo para longe de você. E a cada passo, um pedaço seu é levado junto. A dor chega a ser insuportável e você não sabe o que fazer para convencê-lo a ficar. Ele já não é mais o mesmo. Seus dias viraram rotineiros novamente e você já não tem motivos para sorrir. Então você passa aquela maquiagem mais pesada, pinta suas unhas num tom de vermelho vibrante, coloca a roupa mais linda que encontra no seu armário e sai por aí esbanjando -fingindo, aliás- felicidade, como se nada jamais tivesse acontecido. As pessoas te olham, sem atenção, e vêem em você a menina mais feliz do universo. Mal sabem eles que por trás desse sorriso se esconde um coração partido, cheio de remendas, que continua batendo, sabe-se lá porquê.”
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