domingo, 22 de agosto de 2010

Penso pouco no que vejo.


Se as coisas têm um nome próprio, cuido pra não confundir amor com apego, eu te disse tentando ser mais interessante. O amor é essa melodia que envolve, mas não se aprisiona o abstrato, as notas dançam na palma da mão por um tempo que é pra que se possa ver pra sempre o fugidio das coisas. Depois elas somem. Fica uma lembrança de tudo que foi importante. Mas a importância somos nós que damos. Têm coisas que seriam interessantes que eu me lembrasse pra compor um lado meu que ainda não conheço direito, mas por doloroso demais eu esqueci com a rapidez que durou aquela febre emocional, (eu sempre sofri fisicamente pelas coisas importantes). Mas meu corpo não agüenta mais, adquiri a leveza por puro bom-senso. Penso pouco no que vejo. Quando acho bonito, não destrincho o conceito de beleza. Fernando pessoa sabia das coisas. Se a dor é insuportável ou a alegria desmesurada, a palavra sempre salva meu coração.

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