sábado, 12 de novembro de 2011

“Acho que o fato de ser só é inevitável, independe de fatos externos.


(...) Há pessoas que nascem para serem sós a vida inteira. Eu, por exemplo. Acho que mesmo que um dia case e tenha uns dez filhos (coisa que não me atrai nem um pouco, diga-se de passagem), ou mesmo que consiga encontrar a amizade que sonho — e de cuja existência a cada dia mais e mais duvido — acho que mesmo que aconteçam essas coisas, continuarei só. Claro que há a minha própria companhia, este diário, o livro que leio, as drogas que escrevo de vez em quando — mas tudo como que circunscrito a um círculo completamente fechado. Frequentemente me assusto, pensando que a vida vai acabar sem que eu encontre um grande amor ou uma grande amizade, ou mesmo uma grande vocação que justifique esse isolamento. Mas nada posso fazer, estas coisas acontecem sem que a gente as procure. O melhor a fazer é deixar “lavrado o campo, a casa limpa, a mesa posta, com cada coisa em seu lugar”, como disse o poeta. E mesmo assim, talvez eu continue a fazer as refeições sozinho durante toda a vida.”

2 comentários:

  1. Com o perdão da falta de modéstia, mas parece que ele escreveu isso me conhecendo... imagine ... rsss rsss, esse fragmento é a melhor definição do que sou ! Bjos linda !

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  2. engraçado que eu me encontro nessa mesma situaçao, mas o mais 'estranho' por assim dizer, é que eu quero afeto,um carinho (que convenhamos agente merece) mas nao quero me comprometer com ninguem! rs o que fazeeer?! rs mas enfim, muito bom gostei do post, da uma olhadinha no meu blog www.sintomasdepsicopatia.blogspot.com
    obg

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